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STF abre inquérito de compra de votos para eleição de Cunha na Câmara

Supremo investiga compra de apoio político quando Eduardo Cunha foi eleito presidente da Câmara dos Deputados

Eduardo Cunha: ex-deputado foi eleito presidente da Casa em 2015 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Eduardo Cunha: ex-deputado foi eleito presidente da Casa em 2015 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 18 de novembro de 2019 às 19h24.

Brasília - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu inquérito para investigar se houve compra de apoio político para a eleição do então deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) para presidente da Câmara dos Deputados, a partir da delação premiada feita pelo executivo do grupo J&F Ricardo Saud.

A suspeita é que Joesley Batista, também ex-executivo do grupo, tenha incumbido Ricardo Saud de persuadir congressistas de que a eleição de Cunha seria o melhor para fazer um contraponto à então presidente Dilma Rousseff em seu segundo mandato. Para tanto, segundo a delação, Joesley autorizou repasses indevidos de 30 milhões de reais.

O esquema, segundo a delação de Saud, teria sido viabilizado por "doações oficiais, entregas em espécie e emissão de notas fiscais sem lastro".

Eleito presidente da Câmara no início de 2015, Cunha foi um dos principais artífices do impeachment de Dilma, ao autorizar a abertura do pedido de impedimento em dezembro daquele ano.

Cunha renunciou ao comando da Câmara, mas posteriormente teve o mandato cassado por denúncias de corrupção por investigações da operação Lava Jato. Foi depois preso preventivamente e condenado pela operação.

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