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São Paulo tem estoque de kit intubação para alguns dias, diz secretário

Além de usar medicamentos alternativos na intubação de pacientes, o secretário Jean Gorinchteyn disse que tem buscado adquirir remédios no exterior

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 (Bloomberg/Getty Images)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de abril de 2021 às, 13h20.

Última atualização em 14 de abril de 2021 às, 13h24.

A rede de saúde do governo de São Paulo tem estoque de medicamentos usados na intubação de pacientes com Covid-19 apenas para "alguns dias", disse nesta quarta-feira o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, que acrescentou que o Estado pode usar medicamentos alternativos no atendimento.

"Nós temos medicações na rede estadual que confortam para alguns dias, mas nós precisamos também apoiar os municípios", afirmou em entrevista coletiva na sede do Instituto Butantan, onde foram entregues um lote de 1 milhão de doses da vacina contra Covid-19 CoronaVac ao Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.

Gorinchteyn disse que a secretaria tem cobrado do Ministério da Saúde o envio dos medicamentos para intubação --anestésicos e bloqueadores neuromusculares-- após a pasta ter feito uma requisição administrativa aos distribuidores e fabricantes desses medicamentos para centralizar a distribuição na pasta federal.

"Em 40 dias, a Secretaria do Estado da Saúde mandou o quantitativo de nove ofícios para o Ministério da Saúde. Ontem foi o último ofício que nós mandamos, porque nós precisamos do apoio do governo federal para aquisição centralizada dos kit intubações", afirmou.

"Assim como o governo estadual, a secretaria estadual, está tendo problema na aquisição junto aos distribuidores e aos fabricantes, os municípios mais ainda. Precisamos que o governo federal nos ajude."

Além de usar medicamentos alternativos na intubação de pacientes, Gorinchteyn disse que a secretaria tem buscado adquirir os remédios dentro no Brasil, mas em uma quantidade pequena devido, segundo ele, à requisição pelo ministério, e também buscado compras no exterior, que ele disse ser um processo mais demorado.

"Nós não estamos aguardando, estamos criando novas estratégias, tanto com a possibilidade de novas medicações que estão disponíveis... e ao mesmo tempo fazendo essas novas aquisições com os distribuidores, mas num quantitativo mínimo, que faz com que nós precisemos fazer rearranjos diários", disse.

"Nenhum município deixou de proceder a intubação adequada de seus pacientes."

Também presente na coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou a requisição administrativa dos remédios do kit intubação pelo Ministério da Saúde e responsabilizou o governo federal pela falta desses produtos.

"Quem fez o confisco, quem fez o sequestro de todos os fabricantes do Brasil foi o Ministério da Saúde, ainda na gestão de Eduardo Pazuello como ministro. Isso não foi mudado com o atual ministro Marcelo Queiroga. Então continuam os fabricantes sequetrados. Eles não podem vender nem para governos de Estados, nem para municípios, nem para instituições privadas. Apenas para o Ministério da Saúde", disse.

"Ora, se houve esse sequestro, se houve um confisco, cabe ao Ministério da Saúde, sim, a responsabilidade de distribuir insumos para todos os Estados brasileiros e os municípios também", acrescentou.

Em Brasília, em pronunciamento após reunião do comitê de combate à pandemia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que espera que os estoques dos medicamentos do kit intubação sejam fortalecidos em 10 dias, após uma compra feita com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

"Estimamos que nos próximos 10 dias nós tenhamos nosso estoque regulador fortalecido para acabar com essa luta do dia-a-dia e dar suporte às secretarias municipais e estaduais de Saúde", disse Queiroga.

"Além disso, o governo vai fazer um pregão internacional para adquirir esses fármacos, de tal sorte a fortalecer mais ainda essas iniciativas."

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