Temos de mostrar que somos país sério que merece investimento, diz Parente
Segundo o presidente do conselho da BRF, se por um lado há pujança, por outro há uma crise a cada dois a três anos no Brasil
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Pedro Parente, presidente do conselho da BRF: quem desmata não é produtor, é bandido (Patricia Monteiro/Bloomberg/Bloomberg)
Publicado em 21 de julho de 2020 às, 15h05.
Última atualização em 21 de julho de 2020 às, 16h08.
Pedro Parente, presidente do conselho da BRF, fez uma mea-culpa sobre a ideia de que se formou acerca do desmatamento do território brasileiro. "Nós temos dado nossa contribuição também, especialmente nos últimos meses, para formação dessa ideia equivocada", afirmou o executivo, durante a live sobre agronegócio promovida pela EXAME e pelo Money Report, nesta terça-feira, 21.
"Precisamos ter uma posição inequívoca de que nós [do setor] sabemos lidar com o meio ambiente. Com uma agenda relativa aos temas de meio ambiente e da sanidade animal, temos de falar por fatos e atos — não por discurso [vazio] — e construir uma imagem coerente e consistente. Quando isso acontecer, os investimentos estrangeiros voltam."
Um exemplo são os dados da área de plantio. São 65 milhões de hectares voltados para a plantação de soja, milho e outros grãos, enquanto há 200 milhões de hectares de pastagens e de áreas sem cortar uma árvore. "Quem desmata não é produtor, é bandido", afirma o ex-presidente da Petrobras, citando uma frase do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
Mesmo com o avanço no campo, Parente diz que "poderíamos ir muito melhor." A explicação é que, se por um lado há pujança no campo, por outro há uma tremenda volatilidade na economia brasileira. "Vivemos uma crise a cada dois a três anos. Fala-se muito e se faz muito pouco sobre o custo Brasil e as microrreformas econômicas para melhorar o ambiente de negócios em geral. Isso não é em favor do empresário e, sim, em favor do Brasil."
A expectativa é que a safra deste ano seja de 250 milhões de toneladas. "Muita gente fala que o país está se transformando em exportador de produtos primários, como se isso fosse algo negativo, mas não há nada de errado nisso: o agronegócio contribui para o crescimento do país, não somos vilões, e a China e Índia vão precisar de alimentos. É uma oportunidade incrível."
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