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Pirataria causou 145 bilhões de prejuízo à economia em 2017

Nos últimos três anos, total de dinheiro que deixou de entrar nos cofres públicos e de empresas chega a 395 bilhões de reais

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 (ABCF/Divulgação)

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Gian Kojikovski

Publicado em 15 de março de 2018, 18h42.

Última atualização em 15 de março de 2018, 18h43.

As falsificações, o contrabando e a pirataria geraram um prejuízo de aproximadamente 145 bilhões de reais ao país em perdas de arrecadação tributária e de faturamento de indústrias legalmente estabelecidas no ano passado. O cálculo é da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), que reúne empresas de vários setores dispostas a enfrentar as práticas ilegais.

O prejuízo foi 13% maior do que em 2016 e, nos últimos três anos, chega a 395 bilhões de reais. “O fato de o governo federal ter cortado drasticamente a dotação orçamentária de órgãos como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e a Receita agrava ainda mais a situação, causando desemprego, perda de arrecadação de impostos e riscos à saúde e à segurança dos consumidores”, diz Rodolpho Ramazzini, diretor da ABCF.

Em 2017, a ABCF realizou 471 operações em parceria com Polícias Civil, Federal e Rodoviária Federal e a Receita Federal em diversos estados. Boa parte das ações surgiu de denúncias feitas ao canal destinado a isso mantido pela própria associação. O setor mais afetado foi o de cigarros, com 143 operações, seguido pelo de bebidas, com 74, autopeças, com 58, e máquinas, ferramentas e rolamentos industriais, com 49.

Em termos financeiros, segundo a ABCF, os setores com maiores perdas em faturamentos e arrecadação de impostos são o de cigarros, autopeças, produtos ópticos e combustíveis.

Os estados mais afetados pelas operações foram São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Pará e Rio de Janeiro.