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Remy Sharp
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No dia 2 de setembro de 2008, há exatos 15 anos, a Petrobras produziu o primeiro óleo da nova fronteira petrolífera que colocou o Brasil entre os maiores produtores de petróleo do mundo: o pré-sal. Naquele tempo, muitos duvidaram da nossa capacidade de chegar tão longe, a 300 quilômetros da costa brasileira e a 7 mil metros de profundidade. Precisaríamos desenvolver novas tecnologias para alcançar locais onde nenhuma empresa de petróleo tinha chegado antes.

A coragem de desbravar essa fronteira nos conduziu por uma jornada de conhecimento, inovação e conquistas sem precedentes. Hoje, o pré-sal sozinho corresponde a quase 80% da produção brasileira de petróleo, com 2 milhões de barris de óleo equivalente diários. Se fosse um país, ocuparia o 11º lugar no ranking mundial dos produtores de petróleo.

As dúvidas técnicas foram superadas. Agora a pergunta é outra: existe futuro para o pré-sal num mundo em transição para a economia de baixo carbono? A resposta é sim, existe um futuro promissor. Estudos da Agência Nacional de Energia (AIE) apontam que o petróleo ainda será necessário por algumas décadas para prover a demanda crescente de energia da sociedade. Isso se dará em conjunto com o crescimento da oferta de novas energias a preços mais competitivos. Nesse contexto, o mundo precisará de petróleo, mas não de qualquer petróleo.

A alta produtividade dos campos do pré-sal aliada às avançadas tecnologias de descarbonização desenvolvidas pela Petrobras colocaram a produção dessa região entre as de menor emissão do mundo. Os campos de Tupi e Búzios, por exemplo, que representam metade da produção da Petrobras, apresentam uma emissão média de 9,5 kgCO₂e para cada barril de óleo equivalente produzido – volume inferior à média mundial.

Ou seja, é um petróleo com baixo custo de extração e com menos emissões. Além disso, o óleo do pré-sal é leve e, a partir dele, a Petrobras produz grande quantidade de derivados de maior valor agregado, como gasolina, GLP e naftas, com um custo de refino menor do que o óleo pesado.

A contribuição do pré-sal não para por aí. Com uma produção acumulada de 5,5 bilhões de barris, foi possível arrecadar aos cofres públicos cerca de US$ 63 bilhões em tributos associados diretamente à produção do pré-sal. É um grande volume de recursos que vem sendo aplicado por municípios, estados e governo federal em políticas públicas para a população brasileira. O pré-sal ainda pode gerar mais recursos para a sociedade. Recursos que podem ser, inclusive, usados pelo Poder Público para financiar projetos de baixo carbono e acelerar a transição energética.

Todo o desenvolvimento visto até aqui foi acompanhado de uma importante evolução em segurança operacional como, por exemplo, novos requisitos de prevenção de acidentes e tecnologias que tornaram a produção ainda mais segura. Acompanhado também do cuidado com as comunidades impactadas pela operação e com o financiamento de pesquisas e projetos ambientais ao longo da costa brasileira. A produção marítima da Petrobras, especialmente a do pré-sal, fez com que o monitoramento das praias brasileiras ganhasse ainda mais importância. Dessa forma, a Petrobras contribuiu para aumentar o conhecimento sobre a biodiversidade costeira do país.

Tudo isso nos mostra a medida da relevância do pré-sal, de sua contribuição para o Brasil e de tudo que ele ainda pode propiciar para a população brasileira.

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