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Partidos, movimentos e políticos condenam menção de Eduardo a novo AI-5

Fala do deputado federal sobre possibilidade de "novo AI-5" no Brasil foi recebida com repúdio; presidente da Câmara fala em "possível punição"

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Eduardo Bolsonaro: autoridades repudiam fala de filho presidenciável sobre "novo AI-5" em resposta à "radicalização da esquerda" (Amanda Perobelli/Reuters)

Eduardo Bolsonaro: autoridades repudiam fala de filho presidenciável sobre "novo AI-5" em resposta à "radicalização da esquerda" (Amanda Perobelli/Reuters)

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João Pedro Caleiro

Publicado em 31 de outubro de 2019, 15h09.

Última atualização em 31 de outubro de 2019, 16h34.

São Paulo — A fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, sobre a possibilidade de um "novo AI-5" no Brasil foi repudiada por partidos políticos, autoridades, movimentos democráticos e personalidades do mundo político.

Em poucos minutos, a sigla "AI-5" se tornou o assunto mais comentado do país no Twitter. A declaração parlamentar também fez crescer no Google o número de pesquisas sobre o Ato Institucional nº 5, que foi estabelecido em 1968 pelo presidente Costa e Silva, durante o regime militar.

Em entrevista publicada nesta quinta-feira (31), o parlamentar defendeu que se houver “radicalização da esquerda” semelhante às manifestações do Chile, “a resposta pode ser via um novo AI-5”. O ato foi um marco da suspensão de garantias democráticas que inaugurou o período mais repressivo da ditadura militar no Brasil.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, classificou a declaração como "repugnante" e disse que a fala é "passível de punição pelas ferramentas que detêm as instituições democráticas brasileiras".

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também se manifestou e disse que "não há espaço" para "retrocesso autoritário":

Já o PSOL e o PT anunciaram que vão entrar com representação contra o filho presidenciável no Conselho de Ética da Câmara e no Supremo Tribunal Federal (STF).

O movimento Livres, iniciativa de renovação política, afirmou que vai solicitar à mesa diretora da Câmara a instauração de processo contra Eduardo por quebra de decoro parlamentar. Segundo a organização, a declaração "atenta contra o próprio espírito da Constituição Federal".

Veja a seguir a repercussão da fala do parlamentar:

MDB

PSDB

PSOL

Republicanos

Movimentos democráticos

Políticos e figuras públicas

(Com Estadão Conteúdo)

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