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Para 78% dos brasileiros, mudança climática é risco para a humanidade

Pesquisa EXAME/IDEIA mostra que os brasileiros estão preocupados com as questões ambientais e que a solução passa pela população

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Queimada na Amazônia, próxima a Porto Velho, em Rondônia. (Bruno Kelly/Amazonia Real/Divulgação)

Queimada na Amazônia, próxima a Porto Velho, em Rondônia. (Bruno Kelly/Amazonia Real/Divulgação)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 1 de novembro de 2021, 07h00.

Última atualização em 5 de novembro de 2021, 13h33.

De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o planeta terá um aumento de temperatura médio de 2,7 graus Celsius neste século se os compromissos de corte de emissões de gases do efeito estufa forem cumpridos. Para 78% dos brasileiros, a mudança climática é um risco para toda a humanidade, levando a episódios extremos, como enchentes, incêndios, furacões e terremotos.

O número faz parte da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A pesquisa ouviu 1.269 pessoas entre os dias 25 e 28 de outubro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.

Para Maurício Moura, fundador do IDEIA, mesmo em um cenário complexo no campo econômico, as pessoas ainda se preocupam com as questões ambientais. "Esse número (de 78%) seria inimaginável se fizéssemos a mesma pesquisa há 10 anos no Brasil", afirma.

(Arte/Exame)

Segundo 40% dos entrevistados pela pesquisa EXAME/IDEIA, a responsabilidade para reduzir o aquecimento global é de toda a população. Outros 30% acham que é do governo federal, e 11% consideram ser compromisso das empresas.

Maurício Moura, avalia que este número de pessoas que entendem que o problema é de sua responsabilidade é bastante expressivo.

"Vale lembrar, que fazemos pesquisa em um país com alto grau de dependência do Estado, com alto grau de dependência do poder público. É muito importante mostrar a consciência das pessoas de forma individual para encarar o problema", diz.

(Arte/Exame)

Os governantes de todo o planeta estão reunidos a partir desta segunda-feira, 1º de outubro, em Glasgow, na Escócia, por conta da COP26, a Conferência do Clima da ONU. O objetivo é tentar estabelecer metas mais ambiciosas para garantir que o aumento na temperatura do planeta fique abaixo dos 2 graus Celsius. Entre os entrevistados, 46% ouviram falar do evento.

No tema de políticas públicas que os brasileiros consideram ser mais importantes para o meio ambiente, 33% acreditam que é o reflorestamento de áreas desmatadas, e 24% avaliam que é preciso evitar as queimadas na Amazônia. No começo de outubro, imensas tempestades de areia cobriram cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, em decorrência do desmatamento. E o fenômeno está se tornando cada vez mais comum no Brasil.

"A maior parte das pessoas acha que a resolução do problema do aquecimento global passa pela Amazônia. Isso é muito importante porque é um assunto que parece distante dos grandes centros brasileiros, mas a pesquisa mostrou que adquiriu muita substância na busca da solução do problema", diz Moura.

(Arte/Exame)

Brasileiro não conhece metas do país

Apesar de 66% dos brasileiros se considerarem muito preocupados com o meio ambiente e o futuro do planeta, 72% não conhecem as metas estabelecidas pelo país contra as mudanças climáticas.

Entre os 28% que sabem quais são os compromissos do Brasil para contribuir com a redução dos impactos ambientais, 44% dizem que é a redução do efeito estufa, 26% a preservação da Amazônia, e 14% acreditam ser a conscientização sobre o aquecimento global.

(Arte/Exame)

Em abril deste ano, na Cúpula de Líderes sobre o Clima, o Brasil se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal até 2030, reduzir as emissões de gases do efeito estufa, e buscar a neutralidade climática até 2050.

Em discurso na Assembleia Geral da ONU em setembro, o presidente Jair Bolsonaro reforçou esses compromissos ambientais e pediu aos países mais ricos consenso sobre as regras do mercado de crédito de carbono global.

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