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Remy Sharp
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O Brasil confirmou o primeiro caso da variante EG.5 da covid-19, uma subvariante da Ômicron, conhecida popularmente como Éris, no Estado de São Paulo, segundo informações do Ministério da Saúde.

Conforme a pasta, a notificação veio do Estado de São Paulo na noite desta quinta-feira, 17. Trata-se de uma paciente do sexo feminino, com 71 anos de idade, que reside na capital paulista. Atualmente, este é o tipo mais comum no mundo todo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já registrou casos desta nova cepa em ao menos 51 países.

De acordo com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), a paciente já está curada, tendo apresentado os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça em 30 de julho, sendo que fez a coleta para exame laboratorial em 8 de agosto. "A informação é de que a senhora está com o esquema vacinal completo", afirma o ministério.

Apesar da confirmação, o ministério reforça que a situação permanece estável no País e afirma que monitora permanentemente o cenário epidemiológico da doença.

Conforme a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES), a paciente chegou a dar entrada em unidade hospitalar privada no dia 3 de agosto, mas teve alta médica no dia seguinte. Na quinta-feira, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) recebeu a confirmação do primeiro caso da nova cepa EG.5, por meio do laboratório de hospital privado da capital paulista.

A secretaria estadual afirma ainda que a confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético. "A pasta mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o território estadual. A investigação epidemiológica será realizada pela vigilância municipal", disse em nota.

"Monitoramos e avaliamos permanentemente as evidências científicas mais atuais em nível internacional e o cenário epidemiológico da covid-19. A pasta está atenta às informações sobre novas subvariantes e mantém contato permanente com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a OMS sobre o cenário internacional", ressaltou em nota o Ministério da Saúde.

Vacinação e proteção

Ainda de acordo com o ministério, para evitar casos graves, a vacinação é a principal medida de proteção. "A recomendação da vacinação como principal medida de combate à covid-19 se torna cada vez mais importante, com atualização das doses de reforço para prevenção da doença", disse em comunicado.

Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. Ainda conforme o ministério, a recomendação também vale para pessoas com sintomas gripais.

"Também está disponível gratuitamente em toda a rede do Sistema Único de Saúde (Sus) o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo", acrescenta a pasta.

Antes da confirmação do primeiro caso no Brasil, na manhã de quinta-feira, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) já havia feito alerta sobre a variante. A SBI recomendou o uso de máscaras pela população de risco, como idosos, gestantes e imunodeprimidos, em ambientes fechados.

A cepa possui mutações que conferem maior capacidade de transmissão e de escape imune, tornando-a capaz de aumentar o número de casos mundialmente e se tornar a cepa predominante. Apesar destas características, a OMS classificou a EG.5 como de baixo risco para a saúde pública em nível global uma vez que não apresentou mudanças no padrão de gravidade de doença (hospitalização e óbitos) comparada às demais.

O que se sabe sobre a variante Éris e BA.6?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou o aumento de 80% dos casos de covid-19 a nível mundial entre 10 de julho e 6 de agosto, em comparação com os 28 dias anteriores. Uma das hipóteses é que a EG.5, apelidada de Eris, e a BA.6, sub variante da Ômicron, estejam relacionadas aos casos. 

Segundo a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), a EG.5 já foi identificada em 51 países e se tornou predominante nos Estados Unidos e Japão. Já a BA.6, foi relatada em Israel e na Dinamarca, segundo o site Mirror. Cientistas 

O que é a variante EG.5 da covid-19?

A EG.5 foi decretada como uma variante de interesse no inicio do mês de agosto pela OMS. Ela é uma mutação da Ômicron e possui mutação na proteína Spike, o que pode causar escape imunológico, de acordo com o órgão mundial de saúde. 

A OMS estima que a EG.5 pode se tornar dominante mundialmente, porém, não há indicação precisa de quantos casos existem, seja de infeção ou reinfecção. Segundo a OMS, até o momento, não houve relatos de aumento da gravidade da doença em pessoas infectadas pela variante EG.5. "O risco à saúde pública está avaliado como baixo em nível global, semelhante ao risco de outras variantes atuais de interesse", avalia a organização. 

Nos EUA, as autoridades de saúde pretendem administrar à população doses de reforço de vacinas contra o coronavírus feitas com uma nova fórmula. O imunizante é voltado para as subvariantes XBB, que foram responsáveis pela maioria das infecções em 2023.

Vale lembrar que, ainda que a OMS tenha decretado o fim da emergência em saúde há mais de três meses, a covid-19 persiste: segundos dados da própria organização, cerca de 300 mil casos da doença foram registrados no planeta nos últimos sete dias.

Quais são os sintomas da variante EG.5, a Eris?

Os sintomas causados pela variante Eris não é diferente de outras variantes da covid-19:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor de garganta
  • Cansaço
  • Perda de olfato e paladar

O que se sabe da sub variante BA.6 da covid?

A subvariante do coronavírus BA.6 foi identificada apenas em Israel e na Dinamarca, mas tem chamado a atenção dos cientistas por sofrer 30 mutações na proteína Spike, o que pode causar escape imunológico.

Segundo a Fiocruz, a proteína Spike é associada à capacidade de entrada do patógeno nas células humanas e é um dos principais alvos dos anticorpos neutralizantes produzidos pelo organismo para bloquear o vírus.

Trisha Greenhalgh, especialista em saúde primária da Universidade de Oxford, afirmou, em publicação no Twitter, que os cientistas estão impressionados com as linhagens genéticas das novas mutações e recomendou a volta do uso de máscara. "Meus vários grupos de WhatsApp de ciência estão fervilhando. Clipes e diagramas de linhagem genética voando para frente e para trás. Eu entendo pouco do detalhe, mas parece que é mais uma vez hora de usar máscaras"

Sobre a BA.6, a professora Christina Pagel, matemática da University College London, disse, também no Twitter, que a variante tem novas mutações que a tornam diferente das cepas anteriores do Ômicron. Ela explicou que isso significa que é "potencialmente mais capaz de causar uma grande onda" de contágio, mas ponderou que ainda é muito cedo para avaliar. 

(Com Estadão Conteúdo)

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