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Moraes manda soltar ex-auxiliares de Bolsonaro acusados de fraudar cartão de vacinas

Ministro impôs medidas cautelares a todos, inclusive uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com outros investigados e de acesso a redes sociais

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Moraes: ministro do STF soltou envolvidos em fraude de cartões de vacina de Bolsonaro. (Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)

Moraes: ministro do STF soltou envolvidos em fraude de cartões de vacina de Bolsonaro. (Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar nesta terça-feira, 19, quatro aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) investigados no caso das fraudes nos cartões de vacina da covid-19. Eles estavam presos preventivamente desde maio e agora foram colocados em liberdade provisória.

Moraes impôs medidas cautelares a todos, inclusive uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com outros investigados e de acesso a redes sociais.

A decisão beneficia o sargento Luís Marcos dos Reis, o major da reserva Ailton Gonçalves Moraes Barros, o ex-assessor Sérgio Cordeiro e o ex-secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ) João Carlos de Sousa Brecha.

As fraudes em dados da vacinação colocaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, na mira da Polícia Federal. O ex-assessor da presidência foi preso na investigação, mas recebeu liberdade provisória após assinar um acordo de delação premiada.

Relatórios da investigação apontam que o esquema era operado em três etapas. Primeiro, os números de série de vacinas aplicadas em terceiros eram apropriados para criar cartões falsos de vacinação em nome de pessoas que não haviam sido de fato imunizadas. Em um segundo momento, os lotes eram registrados no sistema online do Ministério da Saúde. Por fim, certificados de imunização eram emitidos no aplicativo ConecteSUS e as informações excluídas do banco nacional de controle das vacinas, para apagar rastros.

O advogado e militar da reserva Ailton Gonçalves Moraes é apontado pela Polícia Federal como uma espécie de intermediário de um braço do esquema junto à prefeitura de Duque de Caxias. Ele teria levantado lotes enviados ao Rio de Janeiro e cadastrado duas doses da Pfizer no nome da mulher de Mauro Cid.

O então secretário de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, teria passado as credenciais para inclusão, no sistema do Ministério da Saúde, dos dados falsos de vacinação da família de Mauro Cid e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A PF afirma que o sargento Luís Marcos dos Reis teria pedido ao sobrinho, o médico Farley Vinicius Alcântara, para preencher e carimbar um dos cartões falsos emitidos em nome da mulher de Mauro Cid.

Já Sérgio Cordeiro é suspeito de ter falsificado o certificado de vacinação para usar em viagens internacionais em que acompanhou Bolsonaro.

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