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Moraes autoriza buscas em endereços associados a homem morto em tentativa de atentado

Na noite de quarta-feira, duas explosões aconteceram na Praça dos Três Poderes em Brasília

Alexandre de Moraes (Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)

Alexandre de Moraes (Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)

Publicado em 14 de novembro de 2024 às 10h47.

Última atualização em 14 de novembro de 2024 às 10h47.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou buscas nos endereços associados a Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, identificado até o momento como o dono do carro utilizado para carregar os explosivos até a Praça dos Três Poderes. A ação do magistrado aconteceu ainda na noite desta quarta-feira, 13, momentos depois do atentado no local.

As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo e confirmadas pela EXAME. Os mandados são para uma casa que o homem alugou em Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, e em um trailer que estava estacionado próximo a Câmara dos Deputados. A PF encontrou explosivos nos dois endereços.

Francisco é conhecido nas redes sociais como Tiü França e foi candidato a vereador em Rio do Sul, Santa Catarina, nas eleições municipais de 2020. Ele teve 98 votos e não foi eleito.

Explosão em Brasília: tudo o que se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre o caso

Tentativa de atentado

A Praça dos Três Poderes amanheceu interditada na manhã desta quinta-feira, 14, para a Polícia Militar do DF dar seguimento à varredura antibombas que foi iniciada ainda durante a madrugada.

Por volta das 19h30 de quarta-feira, 13, um carro explodiu no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. O veículo, com placa de Rio do Sul, Santa Catarina, continha fogos de artifício e tijolos no porta-malas, segundo imagens divulgadas.

Após essa primeira explosão, uma segunda foi ouvida na Praça dos Três Poderes, onde um homem foi encontrado morto. Até o momento, as autoridades suspeitam que o homem seja o autor das explosões. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, houve um “autoextermínio com explosivo”. A vítima usava um terno verde com símbolos de naipes do baralho. 

O posicionamento das autoridades e a segurança nos Três Poderes

No momento das explosões, a sessão do STF já havia sido encerrada, mas sessões nos plenários da Câmara e do Senado estavam em andamento e foram suspensas após o incidente. Em nota, o STF informou que, após o fim da sessão, “dois fortes estrondos foram ouvidos, e os ministros foram retirados do prédio em segurança”. Servidores e colaboradores também foram evacuados por precaução.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em coletiva, lamentou o ocorrido e afirmou que a segurança na Praça dos Três Poderes foi reforçada após o episódio do 8 de janeiro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no Palácio do Planalto, mas determinou o reforço da segurança com o Exército. Após o incidente, ele se reuniu no Palácio da Alvorada com os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, além do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

O que ainda falta esclarecer?

Nesta quinta-feira, PF e Polícia Civil realizarão diligências para avançar na investigação. Ambas as corporações abriram inquéritos e ainda buscam entender as circunstâncias do ataque.

A Polícia Civil ainda desconhece o tipo de artefato e a carga utilizados na detonação. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o inquérito será enviado ao ministro Alexandre de Moraes.

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