Pedro Lucas Fernandes: deputado divulgou nota para declinar oficialmente do convite para ser ministro das Comunicações (Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 22 de abril de 2025 às 20h05.
Última atualização em 22 de abril de 2025 às 20h12.
Em nota oficial divulgada na nesta terça-feira, 22, o líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), recusou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a chefia do Ministério das Comunicações.
O anúncio da decisão do parlamentar ocorreu dias após a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmar que ele substituiria o deputado Juscelino Filho (União Brasil - MA), que pediu demissão do cargo.
"Minhas mais sinceras desculpas ao presidente Lula por não poder atender a esse convite. Recebo seu gesto com gratidão e reafirmo minha disposição para o diálogo institucional, sempre em favor do Brasil", disse.
O parlamentar também afirmou que pode contribuir com o governo como líder do União Brasil na Câmara.
"Sou líder de um partido plural, com uma bancada diversa e compromissada com o Brasil. Tenho plena convicção de que, neste momento, posso contribuir mais com o país e com o próprio governo na função que exerço na Câmara dos Deputados. A liderança me permite dialogar com diferentes forças políticas, construir consensos e auxiliar na formação de maiorias em pautas importantes para o desenvolvimento do Brasil", disse.
O ex-ministro Juscelino Filho pediu demissão do cargo após a Procuradoria-Geral da República o denunciar por suspeita de desvios em emendas parlamentares.
O caso foi enviado para o gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, relator do caso, na sexta-feira. Esta é a primeira denúncia que envolve um integrante do alto escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A denúncia é uma acusação formal de crimes feita pelo Ministério Público na Justiça. Agora, o caso deve ser enviado para a Primeira Turma do STF, que vai decidir se transforma Juscelino réu no Supremo.