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Menção à ditadura sobre delator causa mal-estar em Brasília

Ministros do PT e do PMDB consideraram a tática "desastrosa", mesmo porque foi Dilma quem sancionou a lei que instituiu a delação premiada, em 2013

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	Auxiliares de Dilma dizem que ela não suporta ver o nome envolvido em denúncia de corrupção e sempre fala mais que o combinado
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Auxiliares de Dilma dizem que ela não suporta ver o nome envolvido em denúncia de corrupção e sempre fala mais que o combinado (Ueslei Marcelino/Reuters)

V
Vera Rosa

Publicado em 1 de julho de 2015 às, 10h34.

Brasília - Causou mal-estar no governo a afirmação da presidente Dilma Rousseff, que disse nos EUA não respeitar delatores. Na ocasião, ela comparou a delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, à confissão obtida sob tortura na ditadura militar.

Ministros do PT e do PMDB consideraram a tática "desastrosa", mesmo porque foi Dilma quem sancionou a lei que instituiu a delação premiada, em 2013.

Em conversas reservadas, auxiliares de Dilma - militante de extrema-esquerda na ditadura - disseram que, ao tentar se desvencilhar do caso de corrupção na Petrobras, ela acabou levando a crise para sua visita aos EUA.

Nos bastidores, todos lamentaram que a tão esperada agenda positiva da presidente, ao se encontrar com Barack Obama, tenha sido ofuscada pela delação de Pessoa.

Houve, ainda, muitos reparos à citação de Joaquim Silvério dos Reis. Motivo: traidor da Inconfidência Mineira, Silvério dos Reis foi o homem que entregou Tiradentes.

Para interlocutores de Dilma, a comparação foi infeliz porque, sem querer, ela identificou Pessoa como um homem que fazia parte do círculo do governo, traindo o grupo.

A estratégia do Planalto antes da ida de Dilma aos EUA previa apenas que ela lembrasse das doações da UTC aos senadores tucanos Aécio Neves (MG), adversário do PT na eleição presidencial de 2014, e Aloysio Nunes (SP). Aécio não é citado na delação de Pessoa; Aloysio, sim.

O plano consistia em bater na tecla de que as contribuições eram legais e suprapartidárias. Nas palavras de um ministro, "ecumênicas". Mas auxiliares de Dilma dizem que ela não suporta ver o nome envolvido em denúncia de corrupção e sempre fala mais que o combinado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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