Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Lava Jato faz buscas na casa de Asfor Rocha, ex-presidente do STJ

A ação investiga supostas propinas pagas pela Camargo Corrêa a agentes públicos com o objetivo de suspender e anular a Operação Castelo de Areia

Modo escuro

Polícia Federal: agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão em São Paulo e Fortaleza (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Polícia Federal: agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão em São Paulo e Fortaleza (Tomaz Silva/Agência Brasil)

E
Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de novembro de 2019 às, 12h28.

A Polícia Federal realiza buscas, na manhã desta quinta (7), no apartamento do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Cesar Asfor Rocha, em Fortaleza, no âmbito da Operação Appius.

A ação foi desencadeada para investigar supostas propinas pagas pela empreiteira Camargo Corrêa a agentes públicos com o objetivo de suspender e anular a Operação Castelo de Areia.

Agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão em São Paulo e Fortaleza. As ordens foram expedidas pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo. A reportagem apurou que Asfor está fora do Brasil e já iniciou viagem de retorno para o país.

O ex-ministro se aposentou em 2012 e hoje mantém um escritório de advocacia em São Paulo. Ao longo de sua longa carreira na magistratura, jamais admitiu qualquer ilícito.

Asfor foi quem concedeu liminar, em 2010, durante recesso do Judiciário, para suspender a Castelo de Areia. Na época, era presidente do STJ.

A operação, desencadeada em abril 2019, investigava suposto esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes financeiros e repasses ilícitos para políticos, não só em épocas eleitorais, envolvendo três executivos da Construtora Camargo Corrêa.

Em 2011, a liminar de Asfor foi confirmada pelo STJ, que arquivou o caso sob argumento de que o início do inquérito teve base em denúncia anônima.

A "Appius" tem como base a delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma).

Palocci dedicou o Termo 6 de seus 23 relatos para tratar da "Castelo de Areia", apontando "o pagamento indevido de R$ 50 milhões, por parte do Grupo Camargo Corrêa, às campanhas do PT no pleito do ano de 2010 e para o qual concorrera a ex-presidente Dilma Rousseff, com objetivo de obter auxílio do Governo Federal na anulação da Operação Castelo de Areia junto ao Superior Tribunal de Justiça".

O delator, no entanto, não indicou como teria sido o repasse ao magistrado.

Com a palavra, a Camargo Corrêa

"A Construtora Camargo Correa informa que ainda não teve acesso às informações que embasam a operação da Polícia Federal deflagrada nesta manhã. A empresa reitera que foi a pioneira, em seu setor, em firmar acordos de leniência e que permanece comprometida a colaborar com as autoridades na investigação de eventuais atos ilícitos."

Com a palavra, a defesa de Asfor

A reportagem busca contato com os advogados do ex-ministro. O espaço está aberto para manifestações.

Últimas Notícias

ver mais
Com 34,8ºC, SP registra novo recorde de temperatura máxima no ano; veja previsão para domingo
Brasil

Com 34,8ºC, SP registra novo recorde de temperatura máxima no ano; veja previsão para domingo

Há 7 horas
TJ-SP derruba liminar que determinava uso de câmera no uniforme de PMs da Operação Escudo
Brasil

TJ-SP derruba liminar que determinava uso de câmera no uniforme de PMs da Operação Escudo

Há 8 horas
Chuva no Rio Grande do Sul: nuvem 'engole' cidade gaúcha e dia vira 'noite'
Brasil

Chuva no Rio Grande do Sul: nuvem 'engole' cidade gaúcha e dia vira 'noite'

Há 8 horas
Rio e Niterói têm todas praias próprias para banho pela 1ª vez desde 2007
Brasil

Rio e Niterói têm todas praias próprias para banho pela 1ª vez desde 2007

Há 9 horas
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais