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Haddad vira réu pela 1ª vez por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Petista afirma que a decisão é uma tentativa de reciclar uma delação de Ricardo Pessoa para torná-lo réu em uma ação criminal pela 1ª vez

Fernando Haddad: ex-prefeito afirmou que acusação se baseia no mesmo depoimento de um delator cuja narrativa já foi afastada pelo STF (DANIEL RAMALHO/AFP/Getty Images)

Fernando Haddad: ex-prefeito afirmou que acusação se baseia no mesmo depoimento de um delator cuja narrativa já foi afastada pelo STF (DANIEL RAMALHO/AFP/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de novembro de 2018 às 18h39.

O candidato derrotado à Presidência da República pelo PT e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, virou réu nesta segunda-feira, 19, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Justiça de São Paulo recebeu a denúncia do Ministério Público, que o acusa de receber 2,6 milhões de reais da UTC para saldar dívidas de campanha. Haddad nega as acusações.

É a primeira vez que o petista se torna réu em ação criminal. Para Haddad, a decisão é "mais uma tentativa de reciclar a já conhecida e descredibilizada delação de Ricardo Pessoa".

O empresário e sócio da empreiteira UTC afirmou, em delação premiada, que contribuiu para saldar dívidas na campanha de Haddad à prefeitura paulistana em 2012.

"Com o mesmo depoimento, sobre os mesmos fatos, de um delator cuja narrativa já foi afastada pelo STF, o Ministério Público fez uma denúncia de caixa 2, uma denúncia de corrupção e uma de improbidade", disse Haddad.

Segundo o ex-prefeito, as denúncias são "sem provas, fincadas apenas na desgastada palavra de Ricardo Pessoa". De acordo com ele, o empresário "teve seus interesses contrariados" enquanto ele estava na Prefeitura de São Paulo. "Trata-se de abuso que será levado aos tribunais", informa a nota do ex-prefeito.

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