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Governo tira Camex do controle do Itamaraty
Câmara de Comércio Exterior voltará a ser comandada pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços após a troca de Serra por Aloysio Nunes
Modo escuro
Aloysio Nunes Ferreira: senador substituirá José Serra no Ministério das Relações Exteriores
Publicado em 7 de março de 2017 às, 11h28.
Brasília - O governo decidiu tirar a Câmara de Comércio Exterior (Camex) do controle do Itamaraty e devolver ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, depois da troca de comando no Ministério das Relações Exteriores.
A Camex ficou vinculada ao Itamaraty enquanto o senador José Serra esteve no cargo de chanceler, do qual pediu demissão e passará a ser substituído por outro tucano, Aloysio Nunes Ferreira.
Interessado em manter o foco no comércio exterior, o novo chanceler --que toma posse nesta terça-feira-- só foi avisado da mudança depois de ter sido anunciada e, segundo uma fonte palaciana, não ficou satisfeito com as alterações.
A decisão, no entanto, já havia sido tomada por motivos técnicos, mas também políticos.
A ida da Camex para o Itamaraty foi uma exigência de Serra para aceitar a nomeação ao cargo de chanceler, em maio de 2016. O senador não abria mão de comandar a formulação da política de comércio exterior do país, o que passa pela Camex.
A mudança, no entanto, terminou por não funcionar devido a dificuldades operacionais e pelo próprio desinteresse do ministro pelo cargo nos últimos meses, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.
A mudança terminou sendo feita apenas pelo comando da Camex, mas os técnicos que cuidavam do dia a dia da Câmara -concursados pelo MDIC- ficaram do outro lado da Esplanada. "A ideia era boa, mas foi mal-executada. Veio só a cabine de comando. Virou rainha da Inglaterra", avaliou essa fonte.
Nos meses em que esteve no Itamaraty, a Camex demorava para tomar decisões e perdia prazos. Um dos casos citados como emblemáticos é o de uma decisão para estender o direito antidumping contra a importação de sacos de juta para embalar café da Índia e de Bangladesh, em que a falta de um parecer quase fez a Camex perder o prazo de extensão.
De acordo com a fonte, desde a mudança, empresários reclamavam constantemente da "bagunça" da Camex e das dificuldades para tomadas de decisão.
A alteração deve levar também à troca no comando da Secretaria Executiva da Câmara. A atual secretária, a ministra de segunda classe Tatiana Rosito, indicada por Serra, não deve permanecer.
Um dos cotados para assumir o cargo é o embaixador Rubens Gama, atual diretor de imigração do Itamaraty e ex-chefe do Departamento de Promoção Comercial do MRE.
Política
o governo tem também outra razão, essa política, para fazer a mudança: agradar o PRB, partido do ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira. Desde que assumiu, Pereira reclamava a perda da área de comércio exterior para o Itamaraty.
O partido tem 24 votos na Câmara dos Deputados, essenciais no momento em que o governo discute uma de suas reformas mais difíceis, a da Previdência.
O Itamaraty, no entanto, ainda deve continuar com a Agência de Promoção de Exportações (Apex), financiada com recursos da indústria e com orçamento de aproximadamente 500 milhões. A agência é hoje comandada pelo ex-embaixador do Brasil em Pequim Helio Jaguaribe.
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