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Governo regulará publicidade, uso de cartão e proibirá apostas esportivas no "fiado", diz Haddad

Segundo ministro da Fazenda, tanto a pasta quanto o Ministério da Saúde têm recebido relatos de dependência e questões psicológicas decorrentes de apostas esportivas

Fernando Haddad: ministro da Fazenda afirmou que regulamentação das apostas esportivas precisa salvaguardar as famílias (Marcelo Justo/Flickr)

Fernando Haddad: ministro da Fazenda afirmou que regulamentação das apostas esportivas precisa salvaguardar as famílias (Marcelo Justo/Flickr)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 17 de setembro de 2024 às 11h46.

Última atualização em 17 de setembro de 2024 às 12h06.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 17, que o governo precisa começar a enfrentar questões relacionadas a dependência e aos transtornos psicológicos decorrentes de apostas esportivas.

Segundo ele, a Secretaria de Prêmios e Apostas regulamentará a publicidade do setor, o uso do cartão de crédito e proibirá que apostas sejam feitas no “fiado”, em que o jogar aposta “de graça” mas contrai uma dívida.

“Temos que começar a enfrentar essa questão da dependência e a questão psicológica dos jogos. Estamos vendo a necessidade premente de colocar ordem nisso e nos associar ao Ministério da Saúde. Há muitos relatos de problemas de saúde nos chegando, de dependência”, disse Haddad.

Como mostrou a EXAME, portaria publicada nesta terça no Diário Oficial da União (DOU) determinou que as casas de apostas que ainda não registraram o pedido de autorização de funcionamento junto ao Ministério da Fazenda terão os sites bloqueados, em âmbito nacional, a partir do próximo dia 1º de outubro.

“Está começando hoje uma ação governamental para passar tudo a limpo. A regularização é uma etapa. A questão de disciplinar a publicidade, a não utilização do cartão de crédito, a questão que nos tem chegado do fiado para jogar. Isso será afastado. As dívidas que a pessoa contrai para jogar. Nós temos que salvaguardar as famílias”, disse.

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