Acompanhe:

"Governo deve evitar medidas populistas", diz Cosan

"Sou a favor da economia de mercado. Decisões populistas podem agradar no curto prazo, mas não são eficientes", diz Rubens Ometto

Modo escuro

Continua após a publicidade
Rubens Ometto (Germano Lüders/Reuters)

Rubens Ometto (Germano Lüders/Reuters)

P
Por Mônica Scaramuzzo, do Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de junho de 2018 às, 14h47.

Última atualização em 4 de junho de 2018 às, 14h49.

São Paulo - O empresário Rubens Ometto Silveira Mello, fundador e presidente do conselho de administração do grupo Cosan (sócio da Raízen, Comgás e ALL), vê com preocupação a possibilidade de o governo passar a adotar medidas intervencionistas na economia e também na gestão da Petrobras. O executivo Pedro Parente renunciou, na manhã de sexta-feira, ao cargo na estatal - Ivan Monteiro, diretor financeiro da petroleira, assumiu o posto.

Ometto acredita que pequenos ajustes devem ser feitos na Petrobras, mas sem afetar diretamente a gestão. "Sou a favor da economia de mercado. Decisões populistas podem agradar no curto prazo, mas não são eficientes."

A seguir, os principais trechos da entrevista

A saída de Pedro Parente preocupa?

Pedro Parente foi muito importante para a Petrobras. Acredito que o Pedro quis deixar o governo à vontade para fazer o que tinha de fazer. Não sei se ele concordaria com mais intervenção política. Acho que algumas pequenas adaptações precisam ser feitas, mas sem prejudicar a Petrobras. Se vier uma política de intervenção na Petrobras ou mesmo na economia, será um desastre. Espero que (o governo) não esteja nesta direção.

Que pequenas adaptações têm de ser feitas?

Esses ajustes talvez passem por reajustes (de preços dos combustíveis) mensais para dar mais previsibilidade, como é feito no gás, por exemplo. Mas tudo isso sem prejudicar a Petrobrás.

O nome de Ivan Monteiro agrada ao mercado?

Acho muito bom.

O governo não soube conduzir a crise na greve dos caminhoneiros?

Ninguém estava preparado. Essas coisas acontecem e fazem parte da vida democrática. Poderiam ter tomado medidas antes... Mas em uma semana o governo resolveu. Talvez tenham alguns erros de discursos porque não conhecem necessariamente a tecnicidade do setor energético no Brasil. Acho errado o movimento de aproveitadores que usam o momento de forma oportunística.

Qual a lição que fica desta crise?

Acredito em economia de mercado. Sou contra o populismo. Minha preocupação é de não ir na onda oportunística. O que o governo anterior estava fazendo com a Petrobras e empresas públicas era um absurdo. É fácil ser populista. A curto prazo, as medidas parecem boas, mas engana todo mundo.

A atual crise muda a corrida eleitoral em outubro?

Este episódio vai ser bom para saber o que cada um (dos pré-candidatos) pensa. Agora, cada um deles vai ter de mostrar a cara. Todo mundo é contra a reforma da Previdência. Mas como é que faz? Se forem parar para pensar, as reformas têm de ser feitas para reduzir as despesas e, depois, os impostos.

Últimas Notícias

Ver mais
Em sua maior aquisição, GPS compra GRSA e entra forte em alimentação
Exame IN

Em sua maior aquisição, GPS compra GRSA e entra forte em alimentação

Há 3 horas

Gestora trilionária, Fidelity solicita autorização da SEC para ETF de Ethereum à vista com staking
Future of Money

Gestora trilionária, Fidelity solicita autorização da SEC para ETF de Ethereum à vista com staking

Há 3 horas

Taxa de desemprego sobe 7,8% em fevereiro, primeira alta desde abril de 2023
Economia

Taxa de desemprego sobe 7,8% em fevereiro, primeira alta desde abril de 2023

Há 3 horas

Como a taxa Selic impacta o seu dia a dia?
seloNegócios

Como a taxa Selic impacta o seu dia a dia?

Há 3 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais