Brasil

Garcia deixa para Tarcísio escolha do novo chefe da Ouvidoria das Polícias de SP

A lista tríplice com os nomes dos possíveis substitutos foi apresentada a Garcia em outubro

Governador de São Paulo Rodrigo Garcia (Estado de São Paulo/Flickr)

Governador de São Paulo Rodrigo Garcia (Estado de São Paulo/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de dezembro de 2022 às 12h39.

Última atualização em 16 de dezembro de 2022 às 13h08.

O governador Rodrigo Garcia (PSDB) decidiu deixar para o sucessor a escolha do próximo nome à frente da Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo. A indicação ficara a cargo do governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que será diplomado na próxima segunda-feira, dia 19. A diplomação formaliza o resultado da eleição e é a última etapa burocrática antes da posse, em 1º de janeiro. O órgão policial funciona como uma espécie de "ombudsman da segurança pública no Estado", responsável por receber denúncias de ações irregulares ou abusivas realizadas pelas polícias civil, militar ou científica.

Quer receber os fatos mais relevantes do Brasil e do mundo direto no seu e-mail toda manhã? Clique aqui e cadastre-se na newsletter gratuita EXAME Desperta.

A lista tríplice com os nomes dos possíveis substitutos foi apresentada a Garcia em outubro. Questionado pela TV Globo sobre a escolha, o governador respondeu por meio de nota, nesta quinta-feira, 15, que deixaria a escolha com Tarcísio. O processo de seleção de um novo nome para a ouvidoria se iniciou em fevereiro, com o fim do mandato de Elizeu Lopes Soares.

"O governo de SP esclarece que a escolha do Ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo para o biênio de 2022-2024 respeitou todos os prazos necessários de seleção e de apresentação de recurso. O processo teve início em fevereiro e, vencidas todas as etapas, a lista tríplice de nomes foi levada ao governador do Estado em outubro e que, agora, em pleno período de transição, caberá ao governador eleito fazer a indicação do novo ouvidor da Polícia do Estado", diz a nota enviada à TV Globo.

O tema de segurança pública tem sido uma das bandeiras de Tarcísio, em específico a retirada do uso de câmeras nas fardas da PM. Como mostrou o Estadão, estudo ainda mantido em sigilo pela Polícia Militar de São Paulo mostrou que o programa de câmeras instaladas nos policiais militares provocou um aumento de 24% do número de apreensões de armas e de 102% dos registros de casos de violência doméstica, além de crescimento de 78% dos casos de porte de drogas.

Na terça-feira passada, dia 13, Tarcísio anunciou a nova cúpula das polícias em SP. O atual delegado-geral da Polícia Civil de SP, Osvaldo Nico Gonçalves, como secretário adjunto da pasta de Segurança Pública que será comandada pelo deputado bolsonarista Capitão Guilherme Derrite. A partir do ano que vem, a secretaria vai extinguir os cargos de secretários executivos da Polícia Militar e da Polícia Civil, criados pelo ex-governador João Doria. Com a mudança, Nico assume a função de "número 2" do novo titular da pasta.

O anúncio também inclui o diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), Artur José Dian, que vai ocupar o cargo de delegado-geral da Polícia Civil, e o coronel Cássio Araújo de Freitas que será o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo.

Tarcísio de Freitas anunciou ainda a recondução ao cargo do atual secretário-chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Henguel Pereira.

LEIA TAMBÉM: 

Acompanhe tudo sobre:Estado de São PauloPolícia MilitarRodrigo-GarciaTarcísio Gomes de Freitas

Mais de Brasil

Carros de vereadoras de Rio e São Paulo são atingidos por tiros

Terremotos são registrados no interior do Acre por dois dias seguidos

Chuvas intensas atingem Norte, Centro-Oeste e Sudeste; veja previsão para esta sexta

Moraes autoriza que investigados e réus pelo 8/1 em prisão domiciliar e com tornozeleira votem dia 6