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Eu não serei ministro da Fazenda, diz Jaques Wagner

Ameaçada pelo impeachment, Dilma também enfrenta dificuldades para encontrar o sucessor de Levy e pode mesmo optar por uma solução caseira


	Jaques Wagner: ameaçada pelo impeachment, Dilma também enfrenta dificuldades para encontrar o sucessor de Levy e pode mesmo optar por uma solução caseira
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Jaques Wagner: ameaçada pelo impeachment, Dilma também enfrenta dificuldades para encontrar o sucessor de Levy e pode mesmo optar por uma solução caseira (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 14h53.

Brasília - O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, disse nesta sexta-feira, 18, que está "muito bem" em sua função e não mudará de cargo. "Eu não serei ministro da Fazenda", afirmou Wagner.

Ele atribuiu os rumores sobre a cotação de seu nome para a cadeira hoje ocupada por Joaquim Levy a uma "brincadeira" feita mais cedo.

"Fiz uma brincadeira quando fui à sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e disse que estava pedindo as bênçãos da CNBB, porque soube que eu tinha sido indicado para a Fazenda", comentou Wagner, rindo.

A saída de Levy, porém, já está acertada e é possível que ocorra ainda nesta sexta-feira. A presidente Dilma Rousseff está conversando com auxiliares, em busca de nomes.

Ameaçada pelo impeachment, Dilma também enfrenta dificuldades para encontrar o sucessor de Levy e pode mesmo optar por uma solução caseira.

Até agora, o mais cotado para a Fazenda é o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que conta com apoio do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Corre por fora o titular do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro.

Apesar de ainda não ter batido o martelo sobre quem será o sucessor de Levy, Dilma já decidiu que fará mudanças na política econômica, adotando uma linha mais desenvolvimentista e com liberação de crédito, pois está convencida de que o caminho adotado até aqui pode aprofundar a recessão, se for mantido sem alterações em 2016.

Mesmo com a turbulência política, porém, o governo vai insistir na aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pelo Congresso, em 2016.

Dilma pretendia manter Levy até janeiro, mas avalia que suas últimas declarações e despedidas públicas precipitaram a saída.

Além disso, ela se irritou com a entrevista que Levy deu ao jornal O Estado de S.Paulo, com críticas ao governo.

"O governo só fala do fiscal. Por quê? Eu não sei. Nunca entendi. Parece que tem medo de reforma, não quer nenhuma reforma", reclamou o ministro da Fazenda, na entrevista ao jornal, quando disse que o final do ano legislativo "amplia" suas opções.

"Meu caminho é de paz interior. Estou tranquilo", insistiu ele.

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