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Enem tem menor número de participantes desde que passou a ser vestibular

O Ministério da Educação divulgou nesta segunda-feira as taxas de abstenção do segundo dia do exame, realizado no último fim de semana

 (Rafael Henrique/SOPA Images/Getty Images)

(Rafael Henrique/SOPA Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2021 às 19h30.

O segundo dia da edição de 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve novamente recorde negativo de participação entre os estudantes, segundo números divulgados nesta segunda-feira, 29, pelo Ministério da Educação (MEC).

O segundo dia de provas teve taxa de abstenção de 29,9%, com participação de apenas 2,18 milhões de candidatos, a menor desde 2004 e metade do que era visto nas edições anteriores.

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Este foi também o menor número de participantes no exame desde que se tornou a principal porta de acesso ao ensino superior no Brasil, em 2009. Desde então, por meio da nota na prova, é possível se inscrever em instituições públicas e privadas, o que fez do Enem o maior vestibular do país, com mais de 5 milhões de inscritos anualmente.

O primeiro dia de provas, há uma semana, já havia tido abstenção de 26%. O exame foi realizada nos dias 21 e 28 de novembro.

A participação dos alunos se mostrava baixa ainda durante as inscrições nos últimos meses. O exame teve seu menor número de inscritos desde 2005.

Um dos imbróglios durante o processo de inscrição foi a decisão do MEC de não permitir que alunos de baixa renda que faltaram à edição 2020 da prova tivessem novamente isenção na taxa de inscrição, de 85 reais. Especialistas argumentaram que a medida atrapalhou a inscrição de alunos de baixa renda, e que a prova da edição 2020, diante da pandemia da covid-19 e aulas online longe do ideal, não poderia ser usada como parâmetro para barrar os estudantes.

O ministro Milton Ribeiro se defendeu das críticas em declarações sobre os números, afirmando que a culpa pelas dificuldades de aprendizagem durante a pandemia não é do MEC, mas dos governos locais, que decidiram manter as aulas online.

O exame ficou ainda no centro de polêmicas nas últimas semanas após ao menos 37 funcionários se demitirem do Inep, autarquia do MEC responsável pela prova. Especialistas, ex-funcionários e atuais servidores têm levantado críticas à gestão do atual diretor da autarquia, Danilo Dupas, indicado por Ribeiro, por episódios de interferência ideológica e má gestão.

O Enem nasceu em 1998 para avaliar os conhecimentos do Ensino Médio, mas foi ampliado em 2009 para se tornar uma porta de ingresso ao ensino superior.

Atualmente, além da possibilidade de obter um certificado de conclusão do Ensino Médio, a pontuação do Enem dá acesso a programas em universidades públicas e particulares.

O Enem tem quatro provas objetivas de 45 questões cada, além da redação. Cada prova vale 1.000 pontos. As questões contêm somente alternativas, e não há perguntas dissertativas.

As inscrições para programas como o Sisu (para ingresso em universidades públicas) e o Prouni (para bolsa em particulares) ocorrem somente nos meses seguintes ao Enem, após a divulgação das notas da prova.

Gabarito e resultado do Enem

O MEC também informou nesta segunda-feira as datas de divulgação dos gabaritos e dos resultados da prova.

As notas individuais dos alunos serão publicadas somente em 2022, no dia 11 de fevereiro. O governo deve divulgar nas próximas semanas datas de inscrições de programas como Sisu, Prouni e Fies.

Já o gabarito do Enem, que permite ao estudante avaliar seu número total de acertos, será publicado ainda nesta quarta-feira, dia 1º de dezembro.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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