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Dois casos de feminicídio são registrados em Santo André nesta segunda

Em 2016, havia 892 mil ações em tramitação na Justiça; dois anos depois, esse número cresceu 13%, superando a marca de 1 milhão de casos

Dois casos de feminicídio foram registrados em Santo André, município da região metropolitana de São Paulo, nesta segunda-feira, 18 (Cris Faga/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de março de 2019 às 14h55.

São Paulo - Dois casos de feminicídio foram registrados em Santo André, município da região metropolitana de São Paulo, nesta segunda-feira, 18. O auxiliar de almoxarifado Lucas Alves da Silva Santos, de 24 anos, foi preso em flagrante após ter matado a mulher, a técnica de enfermagem Engel Sofia Pironato, de 21 anos, por volta das 19h30 de segunda-feira, no Parque Marajoara, bairro da cidade do ABC paulista.

A Polícia Militar foi informada pelo Centro de Operações do Corpo de Bombeiros que o criminoso estaria fugindo da cena do crime. O veículo em que Santos estava foi localizado e ele confessou que havia matado sua companheira.

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O auxiliar levou os policiais até o imóvel onde residia. O corpo da vítima foi localizado no interior de uma geladeira sem funcionamento.

Eles se conheciam há pelo menos seis anos. Santos teria matado a namorada porque não tinha se conformado com o término do relacionamento. Eles já tinham terminado e reatado o relacionamento em outras ocasiões.

Foram solicitados exames de perícia ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituo Médico Legal (IML).

O caso foi registrado como homicídio qualificado com agravante de feminicídio e violência doméstica no 1º DP de Santo André pelo delegado Dimitrius Moraes Costa.

Ainda em Santo André, Manoel Gomes de Oliveira, de 43 anos, foi preso após atropelar e matar a tiros a companheira, Elieide Rodrigues de Oliveira, de 38 anos, no Jardim Rina. O crime foi filmado por câmeras de segurança da rua.

O criminoso atropelou a companheira e depois desceu do carro para realizar os disparos contra ela. Ele fugiu do local, trocou tiros com policiais, no bairro Iguatemi, na zona leste da capital paulista, e foi preso em flagrante por feminicídio.

Oliveira foi ferido durante o confronto e encaminhado ao Hospital Santa Marcelina, na zona leste, onde permanece internado sob vigilância policial. A mulher não resistiu aos ferimentos e morreu no Centro Hospitalar Municipal, em Santo André.

Outro caso

Ainda na segunda-feira, a polícia foi acionada para uma ocorrência com refém na zona leste de São Paulo. Uma equipe do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi deslocada para o atendimento.

O indivíduo de 30 anos estava armado com uma faca e um martelo. Ele mantinha a ex-namorada como refém, dentro da sua casa. Após a negociação, a equipe do Gate conseguiu liberar a vítima e prender o criminoso.

Feminicídio

Os últimos anos têm sido marcados pelo aumento no número de casos de feminicídios que chegam ao Poder Judiciário, informou o Conselho Nacional de Justiça. Desde 2016, quando esses crimes passaram a ser acompanhados pelo colegiado, a quantidade de processos só cresce, informou a Agência CNJ de Notícias. Em 2018, o aumento foi de 34% em relação a 2016, passando de 3.339 casos para 4.461.

Os tribunais de Justiça também perceberam crescimento no número de processos pendentes relativos à violência contra a mulher.

Em 2016, havia 892 mil ações em tramitação na Justiça. Dois anos depois, esse número cresceu 13%, superando a marca de 1 milhão de casos. Os dados dos tribunais foram consolidados pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ).

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