Brasil

Ciro quer aumentar impostos de super-ricos para aliviar mais pobres

"Cinco brasileiros, no nosso país, acumulam a renda e a fortuna de 100 milhões de brasileiros mais pobres", afirmou o candidato

Candidato diz que quer mudar modelo econômico do país (Mateus Bonomi/Anadolu Agency/Getty Images)

Candidato diz que quer mudar modelo econômico do país (Mateus Bonomi/Anadolu Agency/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de setembro de 2022 às 18h16.

Última atualização em 5 de setembro de 2022 às 19h02.

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, propôs hoje, 5, aumentar os impostos dos super-ricos para aliviar os mais pobres, durante entrevista ao programa Pânico da Jovem Pan.

"Cinco brasileiros, no nosso país, acumulam a renda e a fortuna de 100 milhões de brasileiros mais pobres. Eu tenho de ir para um modelo tributário que cobre mais dos super-ricos para diminuir o imposto dos pobres, da classe média e no consumo, que é o imposto indireto mais injusto. Porque aí, eu promovo a superação da miséria e da desigualdade".

Ciro Gomes aproveitou sua participação no programa para falar sobre sua trajetória política, que incluiu, na esfera federal cargos, como o ministro da Fazenda, em 1994, e da Integração Nacional, de 2003 a 2006. Segundo ele, sua candidatura tem o propósito de mudar o país.

Ele afirmou que é o único candidato que está propondo uma mudança dos modelos econômico e de governança política do país. “Eu tenho espírito público e me guio por ele. Para mim, política não é meio de vida. Eu só quero ser presidente ser for para mudar a história do Brasil”.

De acordo com Ciro, por mais que algumas pessoas vejam a política como um espaço de privilégio e de enganação, é preciso estimular a participação popular nas discussões políticas.

“Precisamos resgatar a compreensão de que tudo é política. O preço do feijão; do ônibus; a qualidade da saúde; da educação; se tem ou não segurança; o jeito de cobrar os impostos; de pagar as aposentadorias... tudo é política. E o sistema brasileiro gosta de desmoralizar a política, porque ela é o único fio desencapado, é [o único espaço] onde podemos desestabilizar tudo e começar algo completamente novo. E é nisso que estou apostando”, afirmou.

Na entrevista, o candidato também comentou sobre a situação política no Chile. "O Chile agora está numa 'pinimba' gravíssima. Há três anos, o povo foi em massa às ruas pedir uma nova constituição, contra o legado do [ditador Augusto] Pinochet [que governou o país de 1973 a 1990]. Fizeram uma Constituição completamente mistificadora, cheia de peculiaridades identitárias, uma série de baboseiras deste esquerdismo que vem dos EUA para substituir a falta de compromisso popular verdadeiro das esquerdas”, comentou Gomes.

“O problema do Brasil é que o tamanho do Estado é absolutamente doentio quando a gente olha o pagamento de juros para bancos. Ele não é [inchado] em saúde, educação, [prestação de] serviços, infraestrutura, mas sim para o [pagamento de] juros. Este é o problema. E como a esquerda brasileira se vendeu a este modelo resolveram fazer aqui o esquerdismo à moda americana. Então, pegaram questões identitárias, hiperfragmentaram os interesses da sociedade e passou a falar de negros, de mulheres, de meio ambiente, como se fossem assuntos separados. E não se fala mais em superação da miséria, desigualdade”, comentou Gomes.

LEIA TAMBÉM:

Candidatos prometem isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 6 mil; veja propostas

Tudo sobre Eleições 2022: O que é e como votar nulo?

Acompanhe tudo sobre:Ciro GomesEleiçõesEleições 2022Política

Mais de Brasil

Lula retorna ao X de Elon Musk após liberação de Alexandre de Moraes

Dino mantém suspensão de emendas e critica falta de informações do Congresso ao STF

Tarcísio reúne 35 prefeitos da região metropolitana para reforçar campanha de Nunes no 2º turno

Não se mexe em instituições que estão funcionando, diz Barroso após pauta anti-STF avançar na Câmara