Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Camilo não descarta Centrão no FNDE e diz que prioridade será educação básica

O futuro ministro se limitou a dizer que pretende fazer uma discussão ampla sobre quem ficará à frente do FNDE

Modo escuro

MEC: O atual presidente do FNDE é Marcelo Ponte, apadrinhado do chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

MEC: O atual presidente do FNDE é Marcelo Ponte, apadrinhado do chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

E
Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de dezembro de 2022 às, 08h00.

Última atualização em 23 de dezembro de 2022 às, 08h07.

O futuro ministro da Educação, Camilo Santana (PT), disse na quinta-feira, 22, que o foco de seu trabalho será recuperar a educação básica do País. Confirmado no cargo pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Camilo não fechou, porém, as portas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FNDE) para nomes do Centrão.

Em breve pronunciamento na sede do governo de transição, em Brasília, o futuro ministro se limitou a dizer que pretende fazer uma discussão ampla sobre quem ficará à frente do FNDE. "Vou conversar com especialistas para definir o melhor perfil. O meu perfil, como gestor, é de diálogo", destacou.

O FNDE é um dos órgãos mais cobiçados pelo Centrão porque faz obras e contratos de grande valor, em todo o País. No governo de Jair Bolsonaro (PL), foi um dos focos da corrupção que derrubou o ex-ministro Milton Ribeiro e expôs a deficiência nas políticas públicas educacionais.

Pastores do MEC influenciavam a destinação de verbas do FNDE conforme interesses pessoais, mesmo sem ligação formal com o ministério. O caso foi revelado pelo Estadão. Era operado pelo FNDE, ainda, o esquema das "escolas fake" do governo Bolsonaro, nas quais novas obras eram anunciadas nas cidades por motivação eleitoral sem que houvesse garantia de recursos para realizá-las.

O atual presidente do FNDE é Marcelo Ponte, apadrinhado do chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP).

Sem indicar um veto às negociatas políticas com o fundo de financiamento estudantil, Camilo enfatizou que retomará o investimento na formação escolar de nível fundamental e médio. Ex-governador do Ceará, o futuro ministro seguiu a toada do discurso de Lula e disse que o governo Bolsonaro "desorganizou a educação", sendo, segundo ele, necessário implementar o sistema nacional de educação. Camilo afirmou, ainda, que os danos provocados pela pandemia de Covid-19, como a evasão escolar de mais de 650 mil crianças, segundo o Censo Escolar, será o foco da nova gestão do MEC.

"É uma determinação do presidente colocar a educação como prioridade, principalmente a educação básica. É preciso voltar a ter visão sistêmica da educação. O foco é a educação básica, da educação infantil ao ensino médio", disse Camilo. "A minha ideia é que será um ministério de pactuação social e federativa", completou.

LEIA TAMBÉM:

Últimas Notícias

ver mais
'Enem dos concursos': Lula assina decreto para unificar concursos públicos em todos os estados
Brasil

'Enem dos concursos': Lula assina decreto para unificar concursos públicos em todos os estados

Há 3 horas
Sindicatos querem autorregular taxa
Brasil

Sindicatos querem autorregular taxa

Há 3 horas
Trump perde apelação e corre risco de perder empresas e propriedades
Brasil

Trump perde apelação e corre risco de perder empresas e propriedades

Há 3 horas
TSE multa Bolsonaro por impulsionamento ilegal contra campanha de Lula
Brasil

TSE multa Bolsonaro por impulsionamento ilegal contra campanha de Lula

Há 3 horas
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais