Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Bolsonaro afirma que pagamento de emendas 'ajuda a acalmar' o Congresso

Presidente também admitiu ter entregado cargos para o Centrão

Modo escuro

Presidente da República, Jair Bolsonaro.
 (Alan Santos/PR/Flickr)

Presidente da República, Jair Bolsonaro. (Alan Santos/PR/Flickr)

A
Agência O Globo

Publicado em 11 de abril de 2022, 17h42.

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta segunda-feira o pagamento de emendas parlamentares pelo governo com forma de "acalmar" deputados e senadores, inclusive do orçamento secreto, quando o autor do repasse não é identificado. Eleito em 2018 com o discurso de que acabaria com o "toma lá, dá cá" com o Congresso, o presidente também afirmou que entregou cargos para o Centrão.

— Essa outra parte, de emenda, ajuda a acalmar o Parlamento. O que eles querem, no final das contas, é mandar recursos para a sua cidade. Não tenho nada a ver com isso — afirmou Bolsonaro, em entrevista ao podcast Irmãos Dias, logo após comentar as emendas de relator. Antes, ele já havia falado também sobre as emendas individuais.

O pagamento feito por meio das emendas de relator, a base do orçamento secreto, foi a forma utilizada pelo Palácio do Planalto para repassar dinheiro público a parlamentares em troca de apoio em votações. Bolsonaro rejeitou o termo "secreto", dizendo que o pagamento é identificado no Diário Oficial da União (DOU), mas sem explicar que o autor da indicação não é conhecida. Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal condenou a prática e determinou que governo e Congresso deem mais transparência a esses pagamentos.

— Quando fala em orçamento secreto, é mau-caráter, falta de caráter por parte da imprensa, é publicado no Diário Oficial da União. Eles têm acesso ao que é feito com esses aproximadamente R$ 15 bilhões.

O presidente disse que não pode negar que distribuiu cargos para "partidos de centro". O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, é senador pelo PP e um dos principais líderes do bloco. Além disso, os ex-ministros Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e João Roma (Cidadania) também foram indicados por partidos do bloco.

— Alguns cargos foram dados a partidos de centro. Não vou negar isso daí. Agora, nós temos esses filtros todos para evitar qualquer desvio, qualquer problema que porventura venha a acontecer.

Durante a campanha de 2018, Bolsonaro prometeu que não iria negociar ministérios e estatais em troca de apoio político.

Últimas Notícias

ver mais
'Amputações propostas' se refletem nos interesses estratégicos do Brasil, dia Marina
Brasil

'Amputações propostas' se refletem nos interesses estratégicos do Brasil, dia Marina

Há 3 horas
Greve dos ônibus em São Paulo: Nove concessionárias atrasam saída nesta segunda-feira
Brasil

Greve dos ônibus em São Paulo: Nove concessionárias atrasam saída nesta segunda-feira

Há 4 horas
Maduro chega ao Brasil para reunião com Lula nesta segunda-feira
Brasil

Maduro chega ao Brasil para reunião com Lula nesta segunda-feira

Há 4 horas
Cassado e inelegível: Crivella terá que pagar multa de quase meio milhão de reais; entenda
Brasil

Cassado e inelegível: Crivella terá que pagar multa de quase meio milhão de reais; entenda

Há 4 horas
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais