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Alvaro Dias afirma já possuir 29 adesões para pedir CPI

Inquérito busca investigar no Senado Federal a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras

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Senador Alvaro Dias (PSDB-PR): pedido de investigação no Senado deve ser protocolado nos próximos dias, se houver as assinaturas (Moreira Mariz/Agência Senado/Divulgação)

Senador Alvaro Dias (PSDB-PR): pedido de investigação no Senado deve ser protocolado nos próximos dias, se houver as assinaturas (Moreira Mariz/Agência Senado/Divulgação)

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Débora Álvares, Débora Bergamasco

Publicado em 29 de março de 2014 às, 16h15.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2018 às, 17h17.

Brasília - O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou nesta quarta-feira já possuir 29 adesões - das 27 necessárias - para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de investigar no Senado Federal a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras.

Até a noite de hoje, porém, constavam no requerimento 25 assinaturas. Para chegar ao número anunciado, a oposição contava com a rubrica do senador Wilder Morais (DEM-GO), que seria buscada ainda hoje em Goiânia. Além dele, eram esperados mais três signatários do PSB - senadores Antônio Carlos Valadares (CE), João Capiberibe (AP) e Lídice da Mata (BA). O líder da bancada, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), anunciou na tribuna da Casa que o partido apoiaria integralmente a instalação da comissão.

O pedido de investigação no Senado deve ser protocolado nos próximos dias, se houver as assinaturas. Mas a oposição ainda vai tentar conseguir 171 adesões também na Câmara dos Deputados, para poder instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. Ainda não havia balanço de quantas subscrições há na Câmara. A oposição investe em uma CPI mista porque ela independe dos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para serem instaladas. Ambos já se disseram contrários à instalação de uma investigação.

Na Câmara, o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), disse que vai consultar sua bancada na próxima terça-feira sobre a possibilidade de apoiar a CPI. A tendência é que o chamado "blocão", conjunto de parlamentares insatisfeitos, dê apoio em peso à investigação.

Mesmo antes de formalizadas as assinaturas, aliados de Dilma já começavam a traçar método para convencer os adesistas a retirarem as assinaturas e inviabilizarem a criação da CPI na última hora. "É quando eu entro em cena, sou especialista nisso. Vamos conseguir trabalhando caso a caso para retirarem as assinaturas às cinco para a meia noite (do dia que o requerimento for lido em plenário)", disse o senador Gim Argello (PTB-DF), que foi surpreendido com a adesão de Clésio Andrade (PMDB-MG) e Eduardo Amorim (PSC-SE).

Depois de admitir a possibilidade de a oposição conseguir as assinaturas para a (CPI) da Petrobras, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ironizou. "Quando tem essas coisas, a campanha fica mais animada. Acaba fluindo mais o debate. O que temos de discutir é outra coisa. Se a economia vai ficar melhor ou a Petrobras vai ficar melhor", disse ele. Para o ministro, a instalação da CPI faz parte do jogo político.

"Eu vi hoje que os dois principais candidatos de oposição ao governo estão jogando juntos nisso, portanto é possível que se consiga a assinatura. Não posso prever", reconheceu num referência aos prováveis candidatos à Presidência, Aécio Neves (PSB) e Eduardo Campos (PSB). "Se perguntar para o candidato do PSDB se ele quer criar uma CPI do Metrô em São Paulo, ele vai dizer que não", alfinetou.

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