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Advogado de delatores é acusado de cobrar propina
O advogado curitibano Antonio Figueiredo Basto é considerado um dos maiores especialistas do Brasil em colaborações premiadas
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Lava Jato: na operação, Figueiredo Basto foi o responsável por negociações e acordos de delação de Lúcio Funaro, Renato Duque, Ricardo Pessoa, entre outros (Ricardo Moraes/Reuters)
Publicado em 19 de maio de 2018 às, 13h37.
São Paulo - Os doleiros Vinícius Claret, conhecido como "Juca Bala", e Cláudio de Souza, acusados de integrar o esquema comandado pelo "doleiro dos doleiros" Dario Messer, disseram em delações feitas ao Ministério Público Federal que entre 2006 e 2013 pagaram mensalmente uma "taxa de proteção" de US$ 50 mil (cerca de R$ 186 mil ao câmbio atual).
O dinheiro, conforme os relatos, era entregue ao advogado curitibano Antonio Figueiredo Basto e um colega dele cujo nome não foi informado.
O advogado é considerado um dos maiores especialistas do Brasil em colaborações premiadas. Ele nega a acusação. Na Lava Jato, Figueiredo Basto foi o responsável por negociações e acordos de delação de Lúcio Funaro, Renato Duque, Ricardo Pessoa, entre outros. Em 2004, intermediou o primeiro acordo no modelo atual do país no caso do Banestado, em nome do doleiro e Alberto Youssef - também pivô da Lava Jato -, e homologado pelo juiz Sérgio Moro.
Segundo Claret e Souza, Enrico Vieira Machado, considerado peça-chave no esquema de Messer, passou a exigir entre 2005 e 2006 o pagamento de US$ 50 mil mensais pela "proteção" de integrantes do esquema. Conforme Claret, Enrico prometia segurança em relação ao "Ministério Público" e à "Polícia Federal". Fontes com acesso ao caso disseram que a "proteção" seria relativa a futuras delações no caso Banestado.
"Enrico passou a dizer que o escritório deveria pagar US$ 50 mil por mês para fornecer uma proteção a Dario e às pessoas ligadas ao câmbio. Que essa proteção seria dada pelo advogado Figueiredo Basto e outro advogado que trabalhava com ele", diz trecho da delação feita por Souza aos procuradores Eduardo Ribeiro Gomes El Hage e Rodrigo Timoteo da Costa e Silva, da Procuradoria da República no Rio.
Taxa
Segundo Souza, a "cobrança" teria motivado uma briga entre Enrico e Dario, que se recusava a pagar pela "proteção". "Enrico, em meados de 2005/2006, começou a exigir dos colaboradores o pagamento de uma taxa mensal de US$ 50 mil a fim de possuir proteção da Polícia Federal e do Ministério Público.
O colaborador pagava US$ 50 mil por mês em reais, que mandavam entregar em endereços indicados por Enrico", disse Claret, que citou outros doleiros que "também pagavam a citada taxa". Os pagamentos, conforme o delator, eram destinados a Figueiredo Basto e outro advogado "do qual não se recorda".
Segundo as delações, Enrico não dava detalhes da "proteção" e integrantes do esquema chegaram a se desligar da operação por desconfiar da cobrança. "Os pagamentos foram feitos de 2005/2006 até 2013. O colaborador não recebia qualquer tipo de informação verossímil de Enrico.
A exigência de tais pagamentos fez com que Najun Turner (doleiro) se desentendesse com Dario e Enrico, pois o mesmo se recusava a pagar", diz outro trecho da delação de Claret.
Souza e Claret, apontados como operadores financeiros do esquema do ex-governador Rio Sérgio Cabral (MDB), foram presos em 3 de março no Uruguai. Extraditados, cumprem prisão domiciliar depois de terem feito delação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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