Produtores agrícolas da Paraíba usam blockchain para garantir qualidade de produção
Pela primeira vez, uma associação agrícola brasileira usará a tecnologia blockchain para certificação de qualidade da sua produção no país
(Meaghan Skinner Photography/Getty Images)
12 de janeiro de 2021, 12h27
A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em parceria com a Associação Centro Interdisciplinar de Pesquisa em Educação e Direito (CIPED), estão certificando as plantações de cana-de-açúcar do estado com o uso da tecnologia blockchain.
Desta forma, por meio do "selo ProAR 2030", a Asplan é a primeira associação agrícola brasileira a ter um certifcado em blockchain para determinar a sustentabilidade da produção e permitir aos produtores o recebimento de créditos de carbono, a partir da adoção de boas práticas na área socioambiental e da certificação desses processos.
“Com a instituição do selo e da certificação, a Asplan parte na frente para assegurar que seus associados sejam inseridos no Renovabio e passem a receber CBIOs proporcionais à sua produção e organização. A Paraíba é pequena, mas nós pensamos grande”, disse o presidente da entidade, José Inácio de Morais.
A certificação dos processos se dá através de mecanismos de controle de qualidade de produção, desde a plantação até a entrega da matéria-prima às indústrias, com informações que serão consolidadas num sistema próprio e registradas em blockchain.
A auditagem dos dados será responsabilidade da empresa SGS, que atua em mais de 140 escritórios, em diversos países, e é líder mundial em certificação.
Blockchain
O diretor da Asplan, Pedro Neto, explica que o rastreamento da cadeia produtiva, desde a plantação até a entrega do produto na usina, vai agregar valor ao produtor, na medida em que o associado da Asplan terá sua cana-de-açúcar monitorada e certificada com a adoção de boas práticas.
“Essa iniciativa agrega valor ao nosso negócio e fortalece nossa luta em busca de um direito que é nosso. Nós não queremos disputar nada com as indústrias, apenas pleiteamos a nossa parte nesse processo de recebíveis de créditos de carbono, o que é muito justo”, reiterou Pedro Neto.
Considerando também o impacto energético que o campo pode gerar na indústria, o rastreamento completo da cadeia pode agregar um alto valor aos negócios dos produtores, conforme explica Fabian Gonçalves, gerente de Sustentabilidade da SGS.
Segundo a diretora executiva da CIPED, Priscilla Maciel, a expectativa é que todos os dados da safra atual já estejam no sistema para certificação. “A Asplan ficará responsável pelo repasse das informações que alimentará o sistema, que seguirá os padrões internacionais de indicadores de produtividade”, disse.
Ela explicou ainda que a nota de eficiência energética é um somatório das fases agrícola, industrial e de distribuição: “Daí porque os produtores não podem ficar de fora destes recebíveis, pois o que acontece no campo vai impactar no coeficiente energético da indústria e, consequentemente, em seus recebíveis que precisam ser repartidos, proporcionalmente, com toda a cadeia produtiva".
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