Xiaomi capta US$4,72 bi após precificar IPO no piso das estimativas
Operação é considerada a maior do mundo de uma empresa no mercado de tecnologia nos ultimos quatro anos
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Companhia está avaliada em cerca de US$ 54 bilhões, quase metade do esperado (Bobby Yip/Reuters)
Publicado em 29 de junho de 2018 às, 15h56.
Hong Kong - A chinesa Xiaomi precificou sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em Hong Kong na parte mais baixa da faixa estimativa, levantando US$ 4,72 bilhões na maior operação do mundo de uma empresa mercado de tecnologia em quatro anos, disseram pessoas próximas a transação nesta sexta-feira (29).
Isso avalia a empresa em cerca de US$ 54 bilhões, quase metade do esperado por especialistas no início do ano.
O preço vem num momento delicado para o mercado acionário de Hong Kong, com investidores preocupados com a crescente tensão comercial entre Estados Unidos e a China.
A venda de ações da Xiaomi é amplamente vista como um teste do sentimento do mercado para o que deve ser a segunda metade do ano para IPOs em Hong Kong, com ofertas incluindo a plataforma de entrega de comida Meituan Dianping.
A China Tower, maior operadora de torres de telefonia móveis do mundo, obteve aval para um IPO de Hong Kong que pode levantar até 10 bilhões de dólares. No entanto, o momento de sua listagem dependerá de quão bem o negócio da Xiaomi será recebido, disseram fontes à Reuters.
"A precificação da Xiaomi não será uma boa notícia para o sentimento do mercado", disse Hong Hao, estrategista-chefe do BOCOM International. "Mas outros candidatos a IPOs ainda irão ao mercado para abrir capital antes que as condições do mercado se tornem mais desafiadoras".
A Xiaomi está vendendo cerca de 2,18 bilhões de ações a 2,17 dólares cada, disseram duas fontes. Isso faz com que o IPO seja o maior do setor de tecnologia desde que a Alibaba levantou 25 bilhões de dólares em Nova York, em 2014.
Criada em 2010, a Xiaomi dobrou seus embarques de celulares em 2017 para se tornar a quarta maior fabricante do mundo, de acordo com a Counterpoint Research, desafiando a desaceleração global nas vendas de celulares. A empresa também fabrica eletrodomésticos e aparelhos conectados à internet, incluindo scooters, purificadores de ar e panelas de arroz.
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