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Seca em Minas Gerais prejudica 326 mil produtores e reduz área de grãos

De acordo com a Emater-MG, estiagem provocou perda de produção em 92 mil hectares, principalmente nos cultivos de milho, feijão e soja

Seca pode ocasionar perda de área ou má formação das espigas de milho, diminuindo o rendimento do produtor rural (VCG/Getty Images)

Seca pode ocasionar perda de área ou má formação das espigas de milho, diminuindo o rendimento do produtor rural (VCG/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 20 de dezembro de 2023 às 16h54.

Última atualização em 20 de dezembro de 2023 às 17h00.

No começo do ano, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) lançava um documento instruindo pecuaristas a lidar com a seca no pasto. Em junho, alguns municípios do estado já começavam a declarar estado de calamidade por conta da estiagem. Agora, em dezembro, os prejuízos pela falta de chuva foram enumerados e chegou-se a conclusão de que, pelo menos, 326 mil produtores foram prejudicados.

A severa estiagem que atinge as regiões norte, noroeste e nordeste de Minas Gerais foi avaliada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) em 241 municípios, no período de outubro a dezembro deste ano. A área de grãos perdida soma 92 mil hectares, principalmente de milho, feijão e soja.

Leia também: Plantio de soja da safra 2023/24 atinge 94,6% da área, diz Conab

Segundo a Emater-MG, a estimativa é que 91,3% das lavouras deixaram de ser irrigadas e que 71% do que já foi semeado deverão ser replantados, caso haja chuva suficiente nas próximas semanas. O abastecimento de água está comprometido em 78,4% das propriedades rurais, prejudicando o consumo de pessoas e dos rebanhos.Na pecuária, o levantamento da Emater-MG aponta que em 56,4% das propriedades, o estoque para alimentar o gado está esgotado e 27,8% têm quantidade suficiente somente para os próximos 15 dias. Apenas 15,8% das propriedades pesquisadas possuem alimentação suficiente para o gado para o período de 30 dias.

Leia também: El Niño afeta safra de trigo no Sul e dá espaço para mercado da Austrália e Canadá

Os números mostram ainda que a produção de alimento para os animais em 2024 está comprometida em 95,9% das propriedades. Além disso, a oferta de pastagem para o rebanho no próximo ano é insuficiente para atender às necessidades dos animais em 85,9% dos estabelecimentos.

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