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Pedidos de recuperação judicial no agro crescem 535% em 2023, diz Serasa

Foram registradas 127 solicitações do recurso em todo o ano passado ante 20 em 2022

Recuperação judicial no Agro: foram registradas 127 solicitações do recurso em todo o ano passado ante 20 em 2022 (Wenderson Araujo/Trilux/Sistema Senar-CNA/Reprodução)

Recuperação judicial no Agro: foram registradas 127 solicitações do recurso em todo o ano passado ante 20 em 2022 (Wenderson Araujo/Trilux/Sistema Senar-CNA/Reprodução)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 7 de março de 2024 às 15h22.

Última atualização em 7 de março de 2024 às 15h55.

Os pedidos de recuperação judicial feitos por proprietários rurais que atuam como pessoas físicas cresceram 535% no agronegócio brasileiro em 2023 quando comparado ao ano anterior, segundo levantamento da Serasa Experian.

De acordo com a empresa foram registradas 127 solicitações do recurso em todo o ano passado ante 20 em 2022. Do terceiro para o último trimestre houve alta de 62%.

Em nota, o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, diz que o quadro já era esperado, mas ele ressalta que a velocidade em que as solicitações vêm crescendo trimestre a trimestre é preocupante. "Além das questões climáticas, o cenário econômico, tanto nacional como internacional, não contribuiu para a criação de uma estabilidade financeira no campo", afirmou.

Os produtores rurais que mais solicitaram recuperação judicial foram aqueles com maiores áreas com plantio de soja, seguidos por proprietários de áreas de pastagem e de café. Mato Grosso e Goiânia foram os Estados que mais registraram recuperação judicial. Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Roraima também tiveram requisições.

Segundo a Serasa Experian, entre os perfis que mais solicitaram o pedido estão arrendatários de terras e grupos econômicos ou familiares relacionados ao setor, com 44 requisições. Grandes proprietários fizeram 35 pedidos, seguidos por médios proprietários, com 25, e pequenos, com 23.

As margens mais apertadas, as taxas de juros ainda altas, a perspectiva baixista de preços internacionais de grãos e a necessidade de estímulos para regularizar compromissos financeiros são cada vez maiores, disse Pimenta.

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