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Remy Sharp
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Prestes a completar cinco anos desde a estreia no mercado de capitais, a farmacêutica americana Elanco está no ranking das principais companhias do setor de saúde animal. Ao apresentar uma receita de 4,7 bilhões de dólares em 2022, a empresa desponta ao lado de Zoetis, MSD Saúde Animal -- da farmacêutica Merck -- e Boehringer Ingelheim. Para se manter entre as posições de destaque, a Elanco quer fomentar, no debate da pecuária, a ampliação da rastreabilidade e da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

Embora seja uma história recente, a evolução da companhia é marcada por dois saltos. Em 20 de setembro de 2018, a Elanco Animal Health lançou seu IPO e passou a negociar na Bolsa de Valores de Nova York. À época, as ações da companhia abriram a 32,25 dólares, acima do preço do IPO de 24 dólares por ação, dando à companhia um valor de mercado de US$ 11,49 bilhões naquele ano. Já em 3 de agosto de 2020, foi a vez de a Elanco ampliar mercado com a compra da divisão de saúde animal da alemã Bayer — um investimento de 5,17 bilhões de dólares.

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Em entrevista à EXAME, Fernanda Hoe, diretora geral da Elanco Brasil, conta que a estratégia de todo o setor de saúde animal é ampliar o bem-estar dos rebanhos, atendendo a uma demanda crescente do consumidor. Por isso, para além de medicamentos e vacinações, a executiva afirma que é preciso olhar a condição de manejo no pasto. No caso do sistema ILPF, a sombra das árvores que fazem parte do sistema produtivo proporciona melhor ambiente e a produtividade tem acréscimo.

"Há várias fazendas que aderiram ao sistema integrado e hoje em dia estão mais produtivas, com negócio mais lucrativo, porque justamente conseguem otimizar a terra que já têm, não precisam abrir novas áreas e promovem a redução do gás metano, que é absorvido pela floresta", diz Hoe.

Ainda em relação ao sistema ILPF, a diretora da Elanco diz ser uma alternativa aos pecuaristas de pequeno porte na região da Amazônia. "A gente tem a Fundação Elanco que fez aporte no Fundo JBS pela Amazônia, no valor de 450.000 dólares para três anos de projeto, para pequenos produtores que atuam em cacau e pecuária no interior do Pará", afirma.

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Sucessão familiar e rastreabilidade

A faixa etária média de quem está à frente das fazendas no Brasil é de 46 anos, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA). Uma população jovem que faz parte do plano de sucessão familiar do setor, e uma geração que chega para contribuir para a transformação digital no campo. "Esta parcela da população entende a demanda do mercado. Como é o caso da pecuária e o consumidor de carne", diz Hoe.

A digitalização dentro da pecuária, segundo ela, possibilita um nível de tecnificação superior. Isso ajuda a manter o pecuarista na atividade, inclusive por estar mais propenso a contribuir para a rastreabilidade dos processos de cria, recria e engorda.

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"Nas associações de classe, rastreabilidade é um assunto debatido, porque o consumidor quer saber de onde vem a origem da matéria-prima. Essa é uma pressão a qual toda a cadeia tenta se adaptar. Com certeza, o fio condutor para isso é a rastreabilidade. Em termos de tecnologia, mesmo o pequeno [pecuarista] tenta investir nessa frente", ela afirma.

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